Definitivamente, o negócio desandou entre Imprensa e Seleção. Deixando de lado o caso Dunga x Alex Escobar é de se preocupar com toda essa guerra entre a Imprensa e a Seleção. Hoje foi a vez de Kaká se queixar (pelo menos de forma educada) do jornalista Juca Kfouri, que escreveu em sua coluna sobre a contusão do craque.
Chateado com artigo do Kfouri, Kaká pediu que a fé de cada um seja respeitada coisa-e-tal. É uma situação, no mínimo, chata. Desconfio que o Dunga faça discursos inflamados na concentração contra a imprensa. E me preocupa esse foco, desvirtuado, do verdadeiro rival. O rival da Seleção Brasileira não é a imprensa, mas sim as outras seleções. Kaká, ao menos, foi educado. Gostaria de ver o Felipe Melo numa próxima entrevista coletiva.
No caso envolvendo Dunga e Escobar, que é da TV Globo, Maurício Stycer, do UOL, apurou que o atrito se deve a um veto de Dunga em entrevistas exclusivas que a TV platinada teria negociado com Ricardo Teixeira, o patrão do Zangado, ou Dunga, se preferirem. Exclusivas que sempre foram praxe na TV Globo, como a que o próprio Dunga concedeu ao Jornal Nacional no dia da convocação.
Parte da imprensa fica doidinha da silva com essas exclusivas, mas o poder da Rede Globo é inegável. E, em tendo poder, Ricardo Teixeira, que num gosta nem o pouco do negócio, deve se tremer todo quando Dunga veta qualquer coisa relacionada à querida Globo. Ora, se a Globo elege e derruba presidentes da República, que dirá presidente de uma confederação, deve pensar o dono do futebol brasileiro.
Estou ansioso pela próxima coletiva do Dunga. E quero ver se o Jornal Nacional vai fazer algum tipo de editorial, como fez o Tadeu Schimidt no Fantástico. Porque, sem suas exclusivas, agora a Globo vai fazer biquinho...
