O Uruguai vendeu caro a vaga na final para a Holanda. Caríssimo. Em boa parte do tempo, enquanto o jogo esteve empatado, foi até superior que os laranjas. Como fez falta o Suárez. Mas não fosse ele, não teria o Uruguai chegado aonde chegou. E chegou longe, diga-se. Perdedor que foi, perdeu com dignidade, sobrando vontade. É bem verdade que no segundo gol holandês havia um impedimento, mas é daqueles que só no replay, na camera lenta e com a computação gráfica se identifica. Então, não foi por isso que o Uruguai perdeu. Robben, inclusive, foi sacado do time quando já estava 3 a 1 e certamente não sairia se o placar estivesse com outra contagem.
Pois bem, o Uruguai mostrou a todos quão ruim foi o Brasil contra a Holanda. Era time para termos goleado. Robben, quando bem marcado, não faz nada. Precisa de espaço, muito espaço para jogar seu jogo. Kuyt e Van Persie são elementos totalmente coadjuvantes. Sorte deles que têm um Sneijder, hoje um dos artilheiros da Copa com 5 gols, e que é o grande jogador desse time. Não tem jogado um futebol exuberante, tem feito jogos burocráticos e contado com a sorte. Pode ser o craque da copa, principalmente por ter feito gols e assistências em momentos críticos dos jogos. Mas, se alguém nesse time tem estrela certamente não é Robben, mas Sneijder, que já ganhou tudo esse ano com a Inter de Milão, batendo inclusive o Bayern de Robben na final da Liga dos Campeões. Só lhe resta ser o responsável pelo inédito título holandês e ser escolhido o craque da Copa. E para isso falta pouco.
Sneijder e Van Bronckhorst,
autores de 2 dos 3 gols holandeses
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